Musicoterapia para relaxamento animal

Cavalo fazendo terapia com música

A musicoterapia para relaxamento animal é uma prática terapêutica que vem ganhando destaque na medicina veterinária. Estudos científicos demonstram que a exposição a determinados tipos de música pode reduzir o estresse, melhorar o comportamento e promover o bem-estar em diversas espécies animais.

Ese artivo vaiabordar alguns casos de de sucesso usando a terapia com música e dicas práticas de como se implanta.

Musicoterapia em gato

O que é musicoterapia animal?

A musicoterapia animal consiste na utilização de estímulos musicais para influenciar positivamente o comportamento e o estado emocional dos animais. Assim como em humanos, a música pode afetar o sistema nervoso dos animais, promovendo relaxamento e alívio do estresse.


O que a ciência diz sobre a musicoterapia em animais?

A ciência tem investigado os efeitos da musicoterapia em animais, com estudos apontando benefícios significativos:

Abaixo estão quatro casos concretos e documentados de sucesso no uso da musicoterapia com animais, todos baseados em estudos ou experiências reais, com impacto mensurável no comportamento e bem-estar dos bichos:

Caso 1: Gatos hospitalizados (UFRGS)

Local: Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Problema: Estresse causado por hospitalização e manipulação
Intervenção: Exposição a músicas clássicas e sons específicos para felinos por 20 minutos antes de procedimentos médicos
Resultados:

  • Redução da frequência respiratória
  • Diminuição do comportamento agressivo ou defensivo
  • Melhora no manejo dos animais

Caso 2: Cavalo com distúrbios comportamentais (UFLA)

Local: Universidade Federal de Lavras
Problema: Comportamentos estereotipados e medo excessivo
Intervenção: Sessões de musicoterapia combinadas com acupressão
Resultados:

  • Redução de movimentos repetitivos
  • Relaxamento evidente (pescoço abaixado, olhos fechados)
  • Redução da frequência cardíaca

Caso 3: Suínos em confinamento (UNESP)

Local: Estudo conduzido com apoio da Universidade Estadual Paulista
Problema: Estresse e agressividade em granjas de suínos
Intervenção: Exposição diária à música clássica durante períodos críticos (alimentação, limpeza)
Resultados:

Suínos fazendo terapia com música

Case 4: Cães em abrigos (Experiência em ONGs e estudos internacionais)

Local: Abrigos no Brasil e nos EUA
Problema: Agitação, latidos constantes, estresse por confinamento
Intervenção: Reproduções de playlists de música clássica e sons ambientais suaves ao longo do dia
Resultados:

  • Redução de latidos e inquietação
  • Mais tempo deitados ou dormindo
  • Adaptação mais rápida a ambientes novos

Dicas práticas para implantar a musicoterapia com pets em casa

1. Escolha músicas apropriadas

Opte por músicas clássicas, instrumentais suaves ou lo-fi, que são geralmente bem aceitas pelos animais. Há playlists específicas para cães, gatos e até pássaros em plataformas como Spotify e YouTube. Evite músicas com graves intensos, sons metálicos agudos ou mudanças bruscas de volume, pois podem causar desconforto.

2. Comece com sessões curtas

Inicie com sessões de 15 a 20 minutos por dia, preferencialmente em momentos em que o animal já esteja mais tranquilo, como após passeios, refeições ou próximo da hora de dormir. Observe a reação do pet: sinais como deitar-se, fechar os olhos ou respirar lentamente indicam que a música está surtindo efeito.

3. Defina um local fixo

Escolha um ambiente da casa com poucos estímulos visuais e sonoros. O ideal é manter o mesmo local e a mesma disposição das caixas de som sempre que possível, criando um senso de rotina e segurança para o animal.

4. Mantenha a consistência

Para obter bons resultados, a musicoterapia deve ser aplicada com regularidade. Pode ser incorporada ao dia a dia do pet ou utilizada em momentos específicos, como durante tempestades, visitas de pessoas desconhecidas ou situações que normalmente causam ansiedade.

5. Associe a outras atividades relaxantes

A música pode ser aplicada enquanto o pet está descansando em sua caminha, recebendo carinho ou após atividades físicas. Pode também ser combinada com outras práticas relaxantes, como o uso de aromaterapia (com lavanda, por exemplo), desde que de forma segura e em ambientes ventilados.

6. Ajuste o volume corretamente

O sistema auditivo dos animais é mais sensível que o dos humanos. Por isso, o volume deve ser sempre mantido em níveis baixos, que não incomodem nem o tutor nem o pet. Evite direcionar o som diretamente para os ouvidos do animal.

7. Observe e personalize a experiência

Cada animal responde de forma única à música. Teste diferentes estilos e acompanhe o comportamento do pet para identificar quais faixas têm efeito mais positivo. A partir disso, é possível criar uma playlist personalizada de acordo com as preferências do seu animal.


Conclusão

A musicoterapia é uma ferramenta promissora para promover o relaxamento e o bem-estar em animais. Com evidências científicas respaldando seus benefícios, essa prática pode ser incorporada em clínicas veterinárias, abrigos e até mesmo em casa, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os animais.

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